Sede da Cientologia na Flórida
A Cientologia é conhecida por não deixar barato com seus críticos, e seu mais novo alvo é a HBO.
A rede de televisão deve estrear no próximo dia 25, no festival independente de Sundance, o documentário "Going Clear: Cientologia e a Prisão da Crença", do diretor Alex Gibney.
A obra traz entrevistas com ex-membros da Cientologia que denunciam práticas de abuso físico e emocional pela instituição, incluindo a pressão para se afastar de membros e amigos considerados hostis à crença.
Os líderes da Igreja não assistiram o filme, mas isso não os impediu de publicar um anúncio de página inteira na edição desta sexta-feira do jornal americano The New York Times com várias críticas.
O texto cita supostos lapsos jornalísticos de Gibney e pergunta se o filme não é uma repetição do caso recente da revista Rolling Stone, que foi forçada a corrigir um artigo sobre abuso sexual na Universidade de Virginia construído sobre premissas falsas.
A Igreja diz que não teve oportunidade de se defender, mas o diretor respondeu que todos os seus pedidos de entrevista foram ou negados ou ignorados ou respondidos com exigências descabidas.
O documentário é baseado em um livro de Lawrence Wright que teve origem em um artigo da New Yorker, onde ele escreve. Wright também produziu o filme, que deve passar em alguns poucos cinemas antes de começar a ser exibido na HBO a partir de 16 de março.
O diretor Alex Gibney ganhou notoriedade por "Taxi to the Dark Side", de 2008, que trata do uso de tortura na guerra contra o terror e venceu o Oscar de melhor documentário. Seu currículo também inclui obras sobre o escândalo financeiro da Enron e sobre o abuso de menores na Igreja Católica.
A Cientologia corre o risco de que sua reação apenas chame mais atenção para o documentário, a exemplo do que aconteceu com as acusações feitas ao Sea World pelo filme "Blackfish".
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